A ética e os coelhos da cartola

Edicao Atual - A ética e os coelhos da cartola

Editorial

É recorrente, mas volta e meia nos lembramos da “ética” como referência para desvios na conduta humana. E uma triste coincidência, essas lembranças sempre nos remetem a políticos, que nos representam nas esferas legislativas e executivas do governo.
Pouco ou quase nada se fala de desrespeito aos padrões e condutas éticas em outras atividades como empresariais, domésticas, acadêmicas e esportivas, para ficar naquelas que podem ser de grande interesse da mídia. Embora estas devam ocorrer até com certa intensidade.

Seria devido à maior exposição que os homens públicos estão sujeitos? Seriam os acontecimentos envolvendo essas personalidades as pautas mais valiosas para rechear o noticiário de televisão e de jornais diários?Os fatos estão aí. Quase que por encantamento, como se acompanha pela imprensa, a atividade política está paralisada, mas o espetáculo, não. Como que num grandioso show de mágica, a cada dia, novos “feitos” vão sendo tirados da cartola. São empréstimos generosos, pagamentos suspeitos, notas fiscais frias, compra de bois e bezerras, cervejarias entre outras.

O estranho é que até agora não saiu nenhum coelho.

Nesta Cosmetics & Toiletries (Brasil) estamos falando de outro tipo de “ética”: àquela do procedimento correto com o nosso bem-estar. Estamos abordando cosméticos orgânicos e naturais na matéria de capa – numa abordagem holística de integração homem e natureza. Outras matérias importantes da edição são os produtos para cuidado com as unhas e os sistemas preservantes utilizados em cosméticos. No Embale Certo, temos a entrevista com o Prof. Antonio Cabral sobre as novas fronteiras da embalagem e o perfume Carpe Diem, d’O Boticário, no Processo Criativo.


Boa Leitura!
Hamilton dos Santos
Editor

Tendências em Sistemas Preservantes - Sebastião D. Gonçalves Proserv Química Ltda., São Paulo SP, Brasil

Eleger criteriosamente o sistema de preservação de cosméticos através: ingredientes antimicrobianos entre aqueles que não constituam riscos potenciais à saúde; processo de fabricação sem risco de contaminação; água e matérias-primas com qualidade controlada; manipulação seguindo as BPF e, embalagem como proteção do produto.

Elegir con criterio el sistema de preservación de cosmeticos por mediante de: ingredientes antimicrobianos entre aquellos que no representen riesgos potenciales a la salud; procesos de fabricación sin riesgos de contaminación al producto; agua y materias primas con calidad controlada; manipulación siguiendo las BPF y, empaques como protección del producto.

To elect the proper cosmetics preservative system utilizing: antimicrobials ingredients among those with less potential risks to the consumer health; manufacturing process without contamination risk to the product; assured quality to water and raw ingredients; GMP on the processing and packing as product protection.

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Produtos para Cuidado com as Unhas - Cléber Contente da Silva Impala Cosméticos, Guarulhos SP, Brasil

Neste artigo são mencionados aspectos sobre a fisiologia das unhas e os produtos destinados aos cuidados com elas.

En este artículo son mencionados aspectos de la fisiología de las uñas y los productos cosméticos desarrollados para sus cuidados.

Aspects of the nail physiology and the cosmetics for the nail care are presented in this article.

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Argilas: Natureza nas Máscaras Faciais - Vivian Zague, Diego de Almeida Santos, André Rolim Baby, Maria Valéria Velasco Departamento de farmácia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo SP, Brasil

Neste artigo os autores descrevem um pouco da história das máscaras faciais e da concepção atual das formulações. Abordam especificamente o desenvolvimento e as características e propriedades das argilas.

En ese articulo los autores describen un poco de la historia de las mascaras faciales y de la concepción actual de sus formulaciones. Abordan específicamente el desarrollo y las características y propiedades de las arcillas.

In this article, the authors describe a little bit of the facial masks history and the present conception of theirs formulation. This product development is specifically focused such as the clay characterists and properties.

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O Brasil está na Moda - Joyce Santos Quenca-Guillen, Carla Aiolfi Guimarães, Maria Inês Rocha Miritello Santoro, Érika Rosa Kedor-Hackmann Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, São Paulo SP, Brasil

Este trabalho visa estimular estudos etnobotânicos, conscientizar sobre a necessidade do controle de qualidade de matérias-primas naturais e avaliar os apelos dos ingredientes naturais frente à literatura científica.

Los objetivos de este trabajo son: estimular los estudios etnobotanical, estar enterado de que es muy importante realizar el control de calidad de los ingredientes activos y evaluar si el claim de los ingredientes naturales es soportado por literatura científica.

The aims of this work are: stimulate etnobotanical studies, to make aware that is very important to perform quality control assays of active and to evaluate if marketing claims for the natural ingredients is supported by scientific literature.

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Enciclopédia de Preservantes - Lista de Substâncias de Ação Conservante permitidas para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes (Resolução RDC nº 162 de 11/9/2001 da Anvisa)

Alkylpyridinium Chloride
Designação química/técnica: Cloreto de alquil piridínio Máx: 0,3% e 0,2% em produtos para crianças e em produtos que entram em contato com mucosas
Nº Ordem: 56

Ammonium Sulfite e Bisulfite
Designação química/técnica: Sulfitos e bisulfitos inorgânicos (+)
Máx: 0,2% (expresso como SO2 livre)
Nº Ordem: 8

Behentrimonium/Cetrimonium/ Lautrimonium/Myrtrimonium/ Stertrimonium: Bromide ou Chloride
Designação química/técnica: Brometo e Cloreto de Alquil (C12-C22) Trimetilamônio (+)
Máx: 0,1%
Nº Ordem: 50

Benzalkonium Bromide/ Chloride/Saccharinate
Designação química/técnica: Cloreto, brometo e sacarinato (C8-C18) de alquil dimetilbenzilamônio (+)
Máx: 0,1% (Calculado como cloreto de benzalcônio)
Uso: Evite contato com os olhos
Nº Ordem: 57

Benzethonium Chloride
Designação química/técnica: Cloreto de diisobutil fenoxietoxietil-dimetilbenzilamônio
Máx: 0,1%
Lim: Somente para produtos que se enxágüe.
Nº Ordem: 60

Benzoic Acid
Designação química/técnica: Ácido benzóico, seus sais e ésteres (+)
Máx: 0,5% (expresso como ácido)

Nº Ordem: 1
Benzyl Alcohol
Designação química/técnica: Álcool benzílico (+)
Máx: 1,0%

Nº Ordem: 30
Benzylhemiformal
Designação química/técnica: Benzil-hemiformal
Máx: 0,15%
Lim: Somente para produtos que se enxágüe.
Nº Ordem: 58

Bromochlorophene
Designação química/técnica: 6,6-Dibromo-4,4-dicloro-2,2- metilenodifenol (+)
Máx: 0,1%
Nº Ordem: 46

5-Bromo-5-Nitro-1,3-Dioxane
Designação química/técnica: 5-Bromo-5-nitro-1,3 dioxano
Máx: 0,1%
Lim: Somente para produtos que se enxagüe. Evitar formação de nitrosaminas.
Nº Ordem: 19

2-Bromo-2-Nitropropane- 1,3-Diol
Designação química/técnica: 2-Bromo-2-nitropropano-1,3-diol (Bronopol) (+)
Máx: 0,1%
Lim: Evitar formação de nitrosaminas.
Nº Ordem: 20

Chloracetamide
Designação química/técnica: 2-Cloroacetamida
Máx: 0,3%
Uso: Contém cloroacetamida
Nº Ordem: 36

Chlorhexidine Digluconate/ Dihydrochloride/ Diacetate
Designação química/técnica: bis-(p-Clorofenildiguanida)- 1,6-hexano (+): acetato, gluconato e cloridrato
Máx: 0,3% (expresso como cloroexidina)
Nº Ordem: 37

Chlorobutanol
Designação química/técnica: 1,1,1-Tricloro-2-metilpropanol-2- (clorobutanol)
Máx: 0,5%
Lim: Proibido em aerosóis
Uso: Contém clorobutanol
Nº Ordem: 10

p-Chloro-M-Cresol
Designação química/técnica: p-cloro-metacresol (+)
Máx: 0,2%
Lim: Proibido em produtos que entram em contato com mucosas
Nº Ordem: 22

Chlorophene
Designação química/técnica: 2-Benzil-4-clorofenol
Máx: 0,2%
Nº Ordem: 35

Chloroxylenol
Designação química/técnica: p-cloro-metaxileno (+)
Máx: 0,5%
Nº Ordem: 23

Chlorphenesin
Designação química/técnica: 3-(p-Clorofenoxi)-propano-1,2-diol
Máx: 0,3%
Nº Ordem: 52

Designação química/técnica: 1-(4-Clorofenoxi)-1-(1-imidazolil)-3,3- dimetil-2-butanona (+)
Máx: 0,5%
Nº Ordem: 28

O-Cymen-5-Ol
Designação química/técnica: 4-Isopropil-m-cresol
Máx: 0,1%
Nº Ordem: 33

Dehydroacetic Acid
Designação química/técnica: Ácido deidroacético e seus sais
Máx: 0,6% (expresso como ácido)
Lim: Proibido em aerosóis
Nº Ordem: 12

Diazolidinyl Urea
Designação química/técnica: N-(hidroximetil)-N-(dihidroximetil-1,3-dioxo-2,5-imidazolidinil-4)-N‘(hidroximetil)urea (+)
Máx: 0,5%
Nº Ordem: 40

Dibromihexamidine
Designação química/técnica: 3,3‘-Dibromo-4,4‘hexametilenodioxidibenzamidina e seus sais (incluindo isotionato, dibromohexamidina)
Máx: 0,1%
Nº Ordem: 14

Dichlorobenzyl Alcohol
Designação química/técnica:
Álcool 2,4-diclorobenzílico (+)
Máx: 0,15%
Nº Ordem: 47
Dimethyl Oxazolidine
Designação química/técnica: 4,4-Dimetil-1,3-oxazolidina
Máx: 0,1%
Lim: pH do produto final não deve ser < 6
Nº Ordem: 39

DMDM Hydantoin
Designação química/técnica: 1,3-Dimetilol-5,5-dimetilhidantoína (+)
Máx: 0,6%
Nº Ordem: 29

Domiphen Bromide
Designação química/técnica: Brometo de dodecil-dimetil-fenoxietilamônio
Máx: 0,3%
Nº Ordem: 55

7-Ethylbicyclo Oxazolidine
Designação química/técnica: 5-Etil-3,7-dioxo-1-azobiciclo(3.3.0)octano
Máx: 0,3%
Lim: Proibido em produtos para higiene oral e que entram em contato com mucosa
Nº Ordem: 42

Farnesol
Designação química/técnica: Farnesol (+)
Máx: 0,6%
Nº Ordem: 44

Formaldehyde e Paraformaldehyde
Designação química/técnica: Formaldeído e paraformaldeído (+)
Máx: 0,1% (em produtos de higiene oral); 0,2% (outros produtos não destinados à higiene oral). Expresso como formaldeído livre
Lim: Proibido em aerosóis
Uso: Contém formaldeído (somente para concentrações superiores a 0,05% no produto final)
Nº Ordem: 5

Formic Acid
Designação química/técnica: Ácido fórmico e seu sal sódico (+)
Máx: 0,5% (expresso como ácido)
Nº Ordem: 13

Glutaral
Designação química/técnica: Glutaraldeído
Máx: 0,1%
Lim: Proibido em aerosóis
Uso: Contém glutaraldeído (somente para concentrações superiores a 0,05% no produto final)
Nº Ordem: 41

Hexamidine
Designação química/técnica: 1,6-Di-(4-amidinofenoxi)-n-hexano e seus sais (incluindo isotionato e p-hidroxibenzoato) (+)
Máx: 0,1%
Nº Ordem: 51

Hexetidine
Designação química/técnica: Amino-5-bis(etil-2-hexil)-1,3 metil-5-per-hidropirimidina (+)
Máx: 0,1%
Nº Ordem: 18

Imidazolidinyl Urea
Designação química/técnica: Imidazolidinil uréia(+)
Máx: 0,6%
Nº Ordem: 24
Iodopropinyl Butylcarbamate Designação química/técnica: Carbamato de 3-iodo-2-propinilbutil
Máx: 0,05%
Lim: 1) Não usar em produtos para higiene bucal e em produtos para os lábios; 2) Se a concentração nos produtos que permanecem em contato prolongado com a pele for superior à 0,02% deverá ser mencionado no texto: Contém Iodo Uso: Contém iodo
Nº Ordem: 59

MDM Hydantoin
Designação química/técnica: Monometilol dimetil hidantoína
Máx: 0,5%
Lim: Somente para produtos que se enxágüe
Nº Ordem: 45

Methenamine
Designação química/técnica: Hexametilenotetramina (+)
Máx: 0,15%
Nº Ordem: 49

Methyldibromo Glutaronitrile
Designação química/técnica: 1,2-Dibromo-2,4-dicianobutano Máx: 0,1%
Lim: Não usar em produtos para bronzear em concentração maior que 0,025%
Nº Ordem: 32

Methylisothiazolinone (and) Methylchloroisotiazolinone Designação química/técnica: Mistura de 5-cloro-2-metil-4-isotiazolina-3- ona e 2-metil-4-isotiazolina-3-ona com cloreto de magnésio e nitrato de magnésio (3:1)
Máx: 0,0015%
Nº Ordem: 34

Paraben
Designação química/técnica: Ácido 4-hidroxibenzóico, seus sais e ésteres (+)
Máx: 0,4% (expresso como ácido) individual para 1 éster 0,8%(expresso como ácido) para misturas dos sais ou ésteres.
Nº Ordem: 11

Phenoxyethanol
Designação química/técnica: 2-Fenoxietanol (+)
Máx: 1,0%
Nº Ordem: 26
Phenoxypropanol
Designação química/técnica: 1-Fenoxi-2-propanol
Máx: 1,0%
Lim: Somente para produtos que se enxágüe
Nº Ordem: 38

Phenylmercuric
Designação química/técnica: Fenilmercurio e seus sais (incluindo borato)
Máx: 0,007%(de Hg).Se misturado comoutros compostos mercuriais o total de Hg não pode ser maior que 0,007% no produto final.
Lim: Somente em produtospara a área dos olhos.
Uso: Contém compostos fenilmercuriais
Nº Ordem: 16

o-Phenylphenol
Designação química/técnica: Bifenil-2-ol (o-fenilfenol) e seus sais (+)
Máx: 0,2% (expresso como fenol)
Nº Ordem: 6
Piroctone Olamine
Designação química/técnica:1-Hidroxi-4-metil-6(2,4,4-trimetilpentil)2- piridona e seus sais de monoetanolamina (+) (Octopirox)
Máx: 1,0% - 0,5%
Lim: Para produtos que se enxágüe. Para outros produtos
Nº Ordem: 31

Polyaminopropyl Biguanide
Designação química/técnica: Cloridrato de poli-hexametileno biguanida(+)
Máx: 0,3%
Nº Ordem: 25

Propionic Acid
Designação química/técnica: Ácido propiônico e seus sais (+)
Máx: 2,0% (expresso como ácido)
Nº Ordem: 2

Quaternium 15
Designação química/técnica: Cloreto de 1-(3-cloroalil)-3,5,7-triazo-1- azoniadamantano
Máx: 0,2%
Nº Ordem: 27

Salicylic Acid
Designação química/técnica: Ácido salicílico e seus sais (+)
Máx: 0,5% (expresso como ácido)
Lim: Proibido em crianças com menos de 3 anos de idade, exceto para shampoos
Uso: Não usar em crianças com menos de 3 anos de idade
Nº Ordem: 3

Sodium Iodate
Designação química/técnica: Iodato de sódio
Máx: 0,1% Somente para produtos com enxagüe
Nº Ordem: 9

Sorbic Acid
Designação química/técnica: Ácido sórbico e seus sais (+)
Máx: 0,6% (expresso como ácido)
Nº Ordem: 4

Sodium Hydroxymethyl Glycinate
Designação química/técnica: Hidroximetil aminoacetato de sódio
Máx: 0,5%
Nº Ordem: 53

Titanium Dioxide (and)
Silver Chloride
Designação química/técnica: Cloreto de prata depositado em dióxido de titânio
Máx: 0,004% (calculado como AgCl)
Lim: 20% AgCl (p/p) em TiO2
Uso: Proibido em produtos para crianças abaixo de 3 anos de idade, em produtos para higiene oral e em produtos para a área dos olhos e lábios
Nº Ordem: 54

Trichlocarban
Designação química/técnica: 3,4,4‘- Triclorocarbanilida(+)
Máx: 0,2%
Lim: Critério de pureza: 3,3‘,4,4‘-Tetracloroazobenzeno < 1ppm, 3‘,4,4‘-Tetracloroazoxibenzeno < 1ppm
Nº Ordem: 21

Thimerosal
Designação química/técnica: Tiossalicilato de etilmercurio sódico (tiomersal, timerosal)
Máx: 0,007%(de Hg).Se misturado com outros compostos mercuriais o total de Hg não pode ser maior que 0,007% no produto final
Lim: Somente em produtos para a área dos olhos
Uso: Contém timerosal
Nº Ordem: 15

Thymol
Designação química/técnica: 3-Hidroxi-4-isopropil tolueno (timol)
Máx: 0,1%
Nº Ordem: 43

Triclosan
Designação química/técnica: Tricloro-3,4,4‘hidróxi-2‘ difenileter (+)
Máx: 0,3%
Nº Ordem: 48
Undecilenic Acid

Designação química/técnica: Ácido undecanóico-10-eno, (undecilênico), seus sais(+), ésteres, aminas e
sulfossuccinato
Máx: 0,2% (expresso como ácido)
Nº Ordem: 17

Zinc Pyrithione
Designação química/técnica: Piritionato de zinco (+)
Máx: 0,5%
Lim: Somente em produtos de breve contato com a pele e cabelo. Proibido em produtos de higiene oral
Nº Ordem: 7

Ingredientes com ação preservante disponíveis no mercado

Benzetonium Chloride
Marca Comercial (Fabricante/
Distribuidor): Hyamine 1622 (Lonza/Chemyunion)
Descrição: Quaternário de amônio com propriedades bactericidas indicado como anti-séptico em sabonetes,
espumas de limpeza. Indicado também para produtos farmacêuticos
Concentração de uso: 0,01-0,1%

2-Bromo-2 Nitropropane 1,3–Diol
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): Chemynol BP (Chemyunion); Conserve BNP-15 (Ipel); Protectol BN (Croda); Proteg BNP (Proserv)
Descrição: Preservante tradicional de amplo espectro biocida, eficaz em baixas concentrações. Ativo contra bactérias Gram negativas. Solúvel em água.

Dehydroacetic Acid (and) Benzyl Alcohol
Marca Comercial (Fabricante/
Distribuidor): Geogard 221 (Lonza/ Chemyunion)
Descrição: Conservante amplo espectro contra bactérias e fungos indicado para formulações cosméticas rinse-off e leaveon. Não testado em animais
Concentração de uso: 0,2-0,8%

Dehydroacetic Acid (and) Benzyl Alcohol (and) Salicilic Acid (and) Benzoic Acid (and)
Benzetonium Chloride (and) Phenoxyethanol
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Geogard 361 (Lonza/Chemyunion)
Descrição: Conservante a base de mistura de ácidos, alcoóis e quaternário de amônio, com amplo espectro de ação. Globalmente aceito e não testado em animais. Indicado em formulações cosméticas rinse off e leave on para cuidados da pele, cabelos, protetores solares.
Concentração de uso: 0,1-0,6%

2,4 Dichlorobenzyl Alcohol
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Protectol DAS (Croda)
Descrição: Preservante microbiológico ativo contra bactérias Gram positivas e fungos. Indicado para todos os tipos de cosméticos.

DMDM Hydantoin
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): DMDM Hidantoína (Cosmotec/Cosmotec); Glydant (Lonza/ Chemyunion); Nipaguard DMDMH (Clariant); Proteg DMDM (Proserv)
Descrição: Conservante líquido, mecanismo de ação através da liberação latente de formaldeído, possui atividade antimicrobiana principalmente contra bactérias. Indicado para os diversos tipos de formulações cosméticas rinse off e leave on.

DMDM Hydantoin (and) Iodo Propynyl Butyl Carbamate
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Glydant Plus (Lonza/Chemyunion)
Descrição: Conservante amplo espectro contra bactérias e fungos indicado para formulações cosméticas rinse-off e leave-on.

Ethylparaben
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Nipagin A (Clariant)
Benefícios: Agente antimicrobiano de baixa toxicidade e irritabilidade.

Gluconolactone (and) Sodium Benzoate
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Geogard Ultra (Lonza/Chemyunion)
Descrição: Conservante derivado de fontes naturais, globalmente aceito e não testado em animais. Indicado em formulações cosméticas rinse-off e leaveon para cuidados da pele, cabelos, protetores solares.
Concentração de uso: 0,75–2,0%

Glucose (and) Lactoperoxidase (and) Glucose Oxidase
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Biovert Enzyme and Substrate (Arch Personal Care)
Descrição: Duplo sistema antimicrobiano que mantém, de forma natural, a integridade do produto

Imidazolidinyl Urea
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): Chemynol I (Chemyunion); Nipa Biopure 100 (Clariant); Proteg Imida (Proserv)
Descrição: Bacteriostático para sistemas aquosos. Mecanismo de ação através da liberação latente de formaldeído.

Iodo Propynyl Butyl Carbamate
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Glycacil L (Lonza/Chemyunion)
Descrição: Conservante a base de carbamato de iodo propinil-butila, eficaz contra fungos e altamente indicado para protetores solares, cremes e pomadas. Concentração de uso: 0,1-0,5%

Isopropylparaben (and) Isobutylparaben (and) Butylparaben
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Liquapar Oil (ISP)
Benefícios: Líquido incolor. Combinação de parabenos para incorporação em formulações anidras. É efetivo contra bactérias Gram positivas, fungos e leveduras. Aprovado globalmente.
Concentração de uso: 0,4-0,8%

Methylchoroisothiazolinone (and) Methylisothiazolinone
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): Conserve C (Ipel); Cosmoguard MT (Cosmotec/Cosmotec); Isocil PC (Lonza/Chemyunion); Koralone LA (Rohm and Haas/D´Altomare); Kathon CG (Rohm and Haas/D´Altomare); Nipaguard CG (Clariant); Proteg GC (Proserv)
Propriedades: Mistura de isotiazolinonas eficaz contra bactérias Gram-positivas, Gram-negativas, fungos, leveduras e bolor. Dessa forma, pode ser utilizado isoladamente na maioria das formulações cosméticas, sem a necessidade de copreservante. Estável em ampla faixa de pH e não necessita de pré-dispersão.

Methyldibromo Glutaronitrile (and) Phenoxyethanol
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): Chemynol K (Chemyunion); Cosmoguard (Cosmotec/Cosmotec)
Descrição: Associação sinérgica de amplo espectro. Agente antimicrobiano eficaz mesmo em baixas concentrações, como conservante em cosméticos e produtos de cuidado pessoal. Possui amplo espectro
contra bactérias Gram positivas e negativas, fungos e leveduras. Não contém e nem libera formaldeído nem nitrosaminas, o que aumenta a sua segurança de aplicação.

Methylisothiazolinone
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): Conserve Novamit (Ipel); Neolone 950 (Rohm and Haas/D´Altomare); Proteg MI (Proserv)
Descrição: Preservante de amplo espectro recomendado para uso em cosméticos sem enxágüe, e produtos que contenham proteínas ou piritionato de zinco. Possui registro e aprovação globais, é biodegradável e seguro ao meio ambiente.
Benefícios: Alternativa de preservação livre de ativos liberadores de formaldeído e parabenos. Apresenta perfil toxicológico seguro para cosméticos sem enxágüe, é solúvel em água, efetivo em ampla faixa de pH 2 a 12.

Methylisothiazolinone (and) Methylparaben (and) Propylparaben (and) Ethylparaben (and) (and) Butylparaben (and) Phenoxyethanol
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Conserve Novamit MFP (Ipel)
Descrição: Formulação sinérgica com amplo espectro de ação, usado em produtos com e sem enxágüe.
Benefícios: Livre de compostos halogenados, estável em ampla faixa de pH e compatível com a maioria das
formulações cosméticas. Baixo grau de toxicidade.

Methylparaben
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): Conserve MP (Ipel); Nipagin M (Clariant); Proteg MP (Proserv)
Benefícios: Agente antimicrobiano de baixa toxicidade e irritabilidade.

Methylparaben (and) Ethylparaben (and) Propylparaben
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Nipasept (Clariant)
Benefícios: Mistura sinérgica de agentes antimicrobianos de baixa toxicidade e irritabilidade.

Methylparaben (and) Ethylparaben (and) Propylparaben (and) Butylparaben (and) Isobutylparaben
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Nipastat (Clariant)
Benefícios: Mistura sinérgica de agentes antimicrobianos de baixa toxicidade e irritabilidade.

Phenoxyethanol
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Chemynol F (Chemyunion); Fenoxietanol (Proserv); Phenoxetol
(Clariant)
Descrição: Eficaz contra bactérias Gram negativas; pode ser usado em ampla faixa de pH. Agente antimicrobiano líquido de baixa toxicidade e irritabilidade.

Phenoxethanol (and) Benzoic Acid (and) Piroctone Olamine
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Nipaguard POB (Clariant)
Benefícios: Mistura líquida sinérgica de agentes antimicrobianos com amplo espectro de ação, livre de parabenos.

Phenoxyethanol (and) Caprylyl Glycol
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Optiphen (ISP)
Benefícios: Líquido lipossolúvel. Preservante de amplo espectro e fácil incorporação nas formulações. Aprovado globalmente (Estados Unidos, Europa e Japão), parabenos free e formaldeído free. Efetivo em ampla faixa de pH.
Concentração de uso: até 1,5%

Phenoxyethanol (and) Methylisothiazolinone
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): Conserve Novamit MF (Ipel); Neolone PE (Rohm and Haas/ D´Altomare)
Descrição: Preservante de amplo espectro, recomendado para uso em cosméticos sem enxágüe, e produtos que contenham proteínas ou piritionato de zinco. Possui registro e aprovação globais, é biodegradável e seguro ao meio ambiente.
Benefícios: Excelente alternativa de preservação livre de ativos liberadores de formaldeído e parabenos. Apresenta perfil toxicológico seguro para cosméticos sem enxágüe, é solúvel em água, efetivo em ampla faixa de pH 2 a 12.

Phenoxyethanol (and) Methylparaben (and) Ethylparaben (and) Propylparaben
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Phenonip XB (Clariant)
Benefícios: Mistura líquida sinérgica de agentes antimicrobianos com amplo espectro de ação.

Phenoxyethanol (and) Methylparaben (and) Ethylparaben and Propylparaben (and) Butylparaben
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): Chemynol (Chemyunion); Conserve XP (Ipel); Proteg PF IV (Proserv)
Descrição: Associação sinérgica de amplo espectro biocida para aplicações cosméticas e farmacêuticas.

Phenoxyethanol (and) Methylparaben (and) Ethylparaben (and) Propylparaben (and)
Butylparaben (and) Isobutylparaben
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): Phenonip (Clariant); Phenova (Croda); Proteg PF (Proserv)
Benefícios: Mistura líquida sinérgica de agentes antimicrobianos com amplo espectro de ação.

Phenoxethanol (and) Methylparaben (and) Piroctone Olamine
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Nipaguard POM (Clariant)
Benefícios: Mistura líquida sinérgica de agentes antimicrobianos com amplo espectro de ação.

Phenoxyethanol (and) Methylparaben (and) Propylparaben (and) Methylisothiazolinone
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Neolone MXP (Rohm and Haas/D´Altomare)
Descrição: Preservante de amplo espectro, recomendado para uso em cosméticos sem enxágüe, e produtos que contenham proteínas ou piritionato de zinco. É biodegradável e seguro ao meio ambiente.
Benefícios: Excelente alternativa de preservação livre de ativos liberadores de formaldeído. Apresenta perfil toxicológico seguro para cosméticos sem enxágüe, é solúvel em água, efetivo em ampla faixa de pH 2 a 12.

Phenoxethanol (and) Piroctone Olamine
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Nipaguard PO5 (Clariant)
Benefícios: Mistura líquida sinérgica de agentes antimicrobianos com amplo espectro de ação, livre de parabenos.

Propylene Glycol (and) Diazolidinyl Urea (and) Iodopropynyl Butylcarbamate
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Liquid Germall Plus (ISP)
Benefícios: Líquido incolor. Conservante único para todos os tipos de formulações. Efetivo contra bactérias Gram positivas, Gram negativas, fungos e leveduras.
Concentração de uso: 0,2-1,0%

Propylparaben
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): Conserve PP (Ipel); Nipasol M (Clariant); Proteg PP (Proserv)
Benefícios: Agente antimicrobiano de baixa toxicidade e irritabilidade.

Silver Chloride (and) Titanium Dioxide (and) Sodium Dioctyl Sulphosuccinate
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): JM Acticare (Clariant)
Benefícios: Agente antimicrobiano de amplo espectro de ação.

Sodium Ethylparaben
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Nipagin A Sodium (Clariant)
Benefícios: Agente antimicrobiano de baixa toxicidade e irritabilidade. Alta solubilidade em água a frio.

Sodium Hydroxymethylglycinate
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Suttocide A (ISP)
Benefícios: Aspecto líquido incolor a alaranjado. Conservante efetivo contra bactérias Gram positivas, Gram negativas, fungos e leveduras. Possui características mais suaves em relação aos outros conservantes. Pode ser utilizado como agente neutralizante em géis.
Concentração de uso: 0,4-1,0%

Sodium Methylparaben
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Nipagin M Sodium (Clariant)
Benefícios: Agente antimicrobiano de baixa toxicidade e irritabilidade. Alta solubilidade em água a frio.

Sodium Propylparaben
Marca Comercial (Fabricante/ Distribuidor): Nipasol M (Clariant)
Benefícios: Agente antimicrobiano de baixa toxicidade e irritabilidade. Alta solubilidade em água a frio.

Triclosan
Marcas Comerciais (Fabricante/ Distribuidor): Conserve T (Ipel); Irgasan (Ciba)
Benefícios: Agente antimicrobiano apresentado na forma sólida (pó) à base de 2,4,4’tricloro-2’-hidroxi-difenil-éter. Utilizado com bacteriostático em desodorantes, sabonetes líquidos e loções, produtos para higiene bucal entre outros. Listado na RDC 162 com “conservante.”



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Assuntos Regulatórios por Luiz Brandão

Como usar a INCI

A RDC Nº. 211, de 14/7/05, em seu Regulamento técnico sobre rotulagem obrigatória geral para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, diz:

Ingredientes/Composição: descrição qualitativa dos componentes da fórmula através de sua designação genérica, utilizando a codificação de substâncias estabelecida pela Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI).

Passados 15 meses da publicação da RDC Nº. 343, de 13/12/05 e a menos de quatro meses para que todos os produtos grau de risco 1 sejam fabricados com sua composição em nomenclatura INCI na rotulagem, fizemos um levantamento no mercado para verificar o cumprimento dessa norma.

Foi observada somente a nomenclatura dos produtos que já estão notificados sob a RDC 343/05.

Foram escolhidos 30 produtos de empresas de grande, médio e pequeno portes. Resultado: 27 produtos, ou seja, 90% apresentaram nomenclatura INCI incorreta (veja box). Os erros parecem poucos, porém temos de levar em consideração que quase todos os produtos cosméticos são perfumados. Daí o grande número de erros na nomenclatura INCI.

Razões das divergências: O documento base para se obter a nomenclatura INCI é o Inventário Europeu (Inventory of Ingredients - List of ingredients) que pode ser obtido através do site: http://ec.europa.eu/enterprise/cosmetics/html/ cosm_inci_list.htm.

O Índex ABC foi editado no ano 2000 e o International Cosmetic Ingredient Dictionary and Handbook (CTFA), 11ª. edição, em meados de 2005.

O último Inventário Europeu foi colocado à disposição dos usuários em fevereiro de 2006. Portanto, há divergências entre o Índex ABC e o International Cosmetic Ingredient Dictionary and Handbook (CTFA).

O site da Anvisa recomenda que a nomenclatura descrita como INCI no International Cosmetic Ingredient Dictionary and Handbook (CTFA) ou Índex ABC só poderá ser utilizada nos seguintes casos:

1) Quando a nomenclatura INCI (do Inventário de Ingredientes Europeu) não estiver disponível no site mencionado

2) Em complementação à Nomenclatura INCI (do Inventário), necessariamente acompanhadas desta.

Minhas recomendações para encontrar o INCI correto:

Caso 1 – Literatura do fornecedor da matéria-prima

Não acredite na nomenclatura INCI informada, muitas vezes contém erros ou está adaptada somente para o mercado norte-americano. Recomendo que procure se no Inventário há coincidência de nomenclatura. Se houver use essa nomenclatura. Se não houver, procure no Índex ABC ou International Cosmetic Ingredient Dictionary and Handbook (CTFA) o correspondente, até encontrar o INCI correto.

Caso 2 – Derivados de Plantas

Procure saber o gênero, espécie da planta e o tipo de extrato.
No Inventário você descobrirá as possibilidades: Extract, Oil etc. Caso não encontre o gênero/espécie utilize a nomenclatura do International Cosmetic Ingredient Dictionary and Handbook (CTFA) ou Índex ABC.

Caso 3 – Você não encontra em nenhum dos três locais

Procure saber do fornecedor se ele já propôs ao CTFA uma nomenclatura e se esta já está disponível no sitio CTFA on line. Provavelmente essa será a nomenclatura citada na próxima edição do referido dicionário.

Caso 4 – Você pretende fabricar um shampoo com quiabo e não encontra em nenhum dos quatro locais

Procure o nome latino do quiabo e proponha uma nomenclatura INCI. No caso: Abelmoschus esculentus Extract. Porém nesse caso você deverá anexar bibliografia sobre o quiabo e literatura pertinentes, inclusive com relação à eficácia e à segurança.

Carlos Alberto Trevisan
Boas Práticas por Carlos Alberto Trevisan

Prevenção: do projeto à construção

Ao longo do tempo de publicação desta coluna sobre Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPF e C), abordamos os mais variados tópicos que essas normas obrigam a considerar na operação diária das empresas cujas atividades envolvam produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.

Neste oportunidade iremos abordar o impacto que as Boas Práticas de Engenharia (BPE) exercem sobre a efetiva implantação das BPF e C. Quando nos referirmos às BPE, devemos considerar não somente a construção de novas instalações, mas também a melhoria das instalações e processos existentes.

Como referência, podemos definir as BPE de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS): “Boas Práticas de Engenharia são métodos e padrões de engenharia estabelecidos aplicados durante toda a extensão e vida do projeto e que resultem em soluções economicamente viáveis.”

Devemos assumir como atividade da engenharia a combinação de equipamentos, processos e sistemas que resultem na produção de produtos de custo adequado e qualidade assegurada de forma eficaz e eficiente.

Ao assumir as considerações acima verificamos que ocorrerá a contenção da contaminação, a redução dos gastos para alterar as divergências do desenho, instalação ou operação das fábricas e processos.

Para melhor avaliação podemos agrupar os sistemas como segue:

- Sistema de impacto direto

- Sistema não-crítico

A OMS define os sistemas de impacto direto como “aqueles que se espera tenham impacto direto na qualidade do produto”. Limpeza, métodos, tais sistemas são concebidos dentro do escopo das BPE e da validação. Podemos, por exemplo, mencionar: ar condicionado, água purificada, limpeza, métodos de análise, sistemas críticos e processos de produção.

Os sistemas não-críticos são aqueles “sistemas e componentes sob o escopo das BPE que geralmente não necessitam de validação”.

As BPE têm em comum com as BPF e C quatro pontos de prevenção da contaminação no processo de fabricação:

- Produtos

- Pessoal

- Meio ambiente

- Proteção dos produtos

Neste ponto são abordadas a contaminação cruzada e a contaminação trazida pelas pessoas do meio externo.

O cumprimento das BPE neste caso envolve o desenho e a construção de áreas de modo a proteger os produtos contra a contaminação cruzada, criando condições ambientais (temperatura e umidade relativa), e não esquecendo de considerar fluxos de pessoas, insumos, produtos resíduos etc. A proteção dos produtos deve ser considerada tanto nas novas como nas instalações existentes, caso isso não ocorra as conseqüências para a qualidade dos produtos são desastrosas. Especial atenção deve ser dada ao fato destes riscos ocorrem não somente durante o período de atividade, mas também - e muitas vezes com maior - risco durante períodos de inatividade tais como finais de semana, feriados, férias coletivas, especialmente quando executados por pessoal terceirizado.

Proteção das pessoas

A proteção tem início desde as etapas do recebimento com a utilização de EPI´s (equipamento de proteção individual) evitando: contaminações físico–químicas, biológicas e continua com a proteção contra acidentes de trabalho.

Geralmente o termo “proteção” tem muita amplitude de significado como, por exemplo, o contato com pós e gases, mas também a iluminação em nível adequado, o nível de ruído e as condições de temperatura e umidade do ambiente de trabalho.

É tradicional a afirmação de que seria bastante útil que todos os projetistas, diretores, gerentes e outros profissionais, ao iniciar o projeto de construção e reforma, estivessem por pelo menos um dia vivenciando as condições de trabalho, para poder avaliar a real importância das considerações anteriores.

Proteção ambiental

Quanto à proteção ambiental, é extremamente importante não deixar de considerar os impactos que as atividades da empresa têm sobre o meio ambiente, seja por aquelas relativas às características do processo, seja pelas indiretas, mas que da mesma forma, podem acarretar prejuízos ao meio ambiente.

O tema é extenso. A limitação de espaço desta coluna nos obriga dar seqüência na próxima edição.

Cristiane M Santos
Direito do Consumidor por Cristiane M Santos

“Alô”!

Depois de tanto tempo esperando por mudanças no sistema de telefonia, serviço considerado essencial e que por um bom tempo ocupou os primeiros lugares no ranking de reclamações por parte dos consumidores, finalmente estas estão à vista...

Pois, a partir de julho, as linhas de telefone de São Paulo deverão migrar do atual sistema de tarifação por pulsos para o novo, medido por minutos – essas mudanças já estão ocorrendo em todo o país.

A tarifação por pulso era cobrada a cada quatro minutos, ou seja, o primeiro pulso assim que a chamada era atendida e o outro depois de quatro minutos e assim por diante. No novo sistema a tarifa será cobrada por minuto.

A intenção dessa mudança pode até ter sido boa... Mas compreender quais são as vantagens de cada plano e qual o perfil mais adequado para cada consumidor não tem sido uma tarefa muito fácil.

Assim, para evitar que o consumidor passe “horas” pendurado na linha telefônica, aguardando maiores esclarecimentos e sendo transferido inúmeras vezes para diversos setores da empresa de telefonia – quem mora em São Paulo e já ligou alguma vez para a Telefonica sabe muito bem disso – vale a pena se instruir.

A Anatel institui dois planos: o básico, também chamado de PBM (Plano Básico de Minutos) e o alternativo, denominado Pasoo (Plano Alternativo de Serviço de Oferta Obrigatória).

De acordo com as informações do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), os novos planos têm as seguintes características:

O plano básico (PBM) é recomendado para o consumidor que utiliza pouco o telefone – que faz ligação curta (de até três minutos). Possui a mesma taxa de assinatura e habilitação que o plano básico em pulsos.

Nesse plano, a franquia incluída na assinatura residencial mensal é de 200 minutos e na assinatura comercial é de 150 minutos.

Cada minuto custa R$ 0,09557 (com impostos) e a cobrança mínima é de 30 segundos mesmo que a ligação dure menos que isso.

Nos horários reduzidos o consumidor pagará o valor de dois minutos e poderá falar por quanto tempo quiser. O plano alternativo (Pasoo), mais indicado para quem usa muito o telefone, com ligações que duram mais de quatro minutos.

Esse plano também prevê regras de reajuste, taxa de habilitação e assinatura idênticas ao plano básico.

A franquia é de 400 minutos na assinatura de residencial mensal e 360 minutos na comercial.

O minuto neste plano custa R$ 0,03667 (com impostos), porém há uma tarifa de complementação de ligação que equivale a quatro minutos - sempre que uma ligação do consumidor for atendida será cobrado um mínimo de quatro minutos de duração.

Os horários reduzidos serão os mesmos do plano básico, porém, para falar a vontade, o consumidor terá de pagar o valor quatro minutos.

Vale destacar que o consumidor que não se manifestar irá migrar automaticamente para o plano básico. Entretanto, poderá mudar de plano quantas vezes quiser.

Diante da “complexidade” em definir qual o perfil de cada consumidor para melhor escolha do plano, o Idec orienta por esperar a mudança para então avaliar o perfil de consumo, experimentando cada um dos planos para avaliar os resultados e encontrar qual é o mais adequado.

Antonio Celso da Silva
Embalagens por Antonio Celso da Silva

Prevenindo a contaminação microbiológica nas embalagens

Embora a área microbiológica não seja minha especialidade é possível abordar o assunto tendo como embasamento as experiências vividas.

Diferente das matérias-primas e dos produtos acabados, nos quais existem normas e parâmetros definidos pela ANVISA para microbiologia, as embalagens ainda não os têm. Porém, o fato de não ter não significa que as empresas de cosméticos não devam fazer análises microbiológicas nas embalagens.

O processo de fabricação das embalagens trabalha com altas temperaturas, principalmente os plásticos, com os sistemas de sopro e injeção. Isso quer dizer que existem poucas ou nenhuma possibilidade de contaminação microbiológica durante o processo de fabricação.

A preocupação, no entanto, vem na seqüência da fabricação, isto é, no processo de gravação, decoração, pintura, montagem, acondicionamento etc - principalmente nas embalagens que o produto a ser acondicionado for rico em nutrientes. Isto quer dizer que a possibilidade de contaminação é grande.

De nada adianta o uso de máscaras, luvas, recipientes e ambientes sanitizados, enfim, a aplicação correta das BPF (Boas Práticas de Fabricação) na fabricação e envase do produto final, se os mesmos cuidados não forem tomados pelo fornecedor da embalagem.

A seguir, algumas dicas e cuidados que evitam ou minimizam a contaminação microbiológica nas embalagens:

- Antes de falar dos cuidados é importante que o responsável pela microbilogia da empresa visite o fornecedor e, se for o caso, oriente-o quanto aos cuidados. Certa vez, em visita a um fornecedor, deparei com um cachorro dormindo sobre as caixas de embalagens, era o “guarda noturno” dormindo em serviço.

- Numa fábrica de vidros, por exemplo, a preocupação com a contaminação microbiológica não é a primeira da lista, isto porque além do processo de fabricação ocorrer sob alta temperatura, o produto final normalmente é uma colônia na qual o percentual de álcool é grande, não existindo a possibilidade de contaminação do produto. Isso não é verdade quando o produto final for uma colônia infantil, sem álcool e, portanto, com grandes possibilidades de contaminação microbiológica. Essa informação o fornecedor precisa ter, para redobrar os cuidados.

- Quais embalagens devem ser analisadas? Como citamos antes, aquelas nas quais o produto final for rico em nutrientes; as embalagens para produtos infantis; as para a área dos olhos, tais como escovinhas e tubetes de rímel; casca-seal; batoques; pincéis; espátulas e aplicadores. Enfim, são aquelas que normalmente têm contato com o produto.

- Não se deve usar panos para limpeza de bocas de potes e frascos na linha de produção. Melhor optar por papéis absorventes e, de preferência, brancos.

- Não receber embalagens acondicionadas em sacos pretos (de lixo), principalmente tampas, batoques e casca-seal. Aliás, essa é uma prática de fornecedores que desconhecem os cuidados microbiológicos.

- Todos os frascos e potes devem vir do fornecedor acondicionados de boca para baixo, em sacos plásticos transparentes e dentro de caixas de embarque. O mesmo cuidado deve ser tomado quando houver devolução de embalagens do setor de envase para o estoque. É comum nas empresas acondicionar as sobras de componentes de embalagem direto nas caixas, sem os devidos cuidados microbiológicos.

Como é que vamos cobrar cuidados microbiológicos dos fornecedores, se nas ações internas da fábrica esses cuidados não existem?!

- Muitas empresas recorrem ao processo de irradiação para descontaminar produtos já envasados. Não raro, esses raios afetam a coloração da embalagem, principalmente os frascos de vidros transparentes, que se tornam âmbar.

- Finalizando, não é prática da indústria cosmética lavar previamente as embalagens antes de usá-las. É obrigação do fornecedor entregá-las devidamente limpas e livres de contaminantes microbiológicos.

Faz parte das Boas Práticas de Fabricação incluir as análises microbiológicas de embalagens nos procedimentos internos das indústrias de cosméticos.

Carlos Alberto Pacheco
Mercado por Carlos Alberto Pacheco

Esmaltes e tratamento das unhas

Há quem diga que a história de uma vida pode ser contada pelas mãos de uma pessoa. Através de um aperto de mão você pode inferir a virilidade, o nível social, o grau de vaidade, e outros aspectos que no conjunto podem formar um quadro da sua personalidade. Muito observada em entrevistas de emprego pelos avaliadores para detectar o grau de apresentação pessoal e vaidade. As unhas acabam sendo a parte de destaque das mãos por isso alvo de cuidados corrente por seus donos.

A poluição atmosférica, a radiação solar diária, os agentes químicos presentes em detergentes, sabonetes e solventes, bem como os inevitáveis impactos físicos sobre as unhas e cutículas são os vilões dos maus tratos que sofrem. Sem falar no velho hábito de roer as unhas (onicofagia), adquirido na infância e para alguns ao longo da vida adulta também, considerado por muitos como típico de pessoas com alto grau de ansiedade. E por isto e muito mais é que as indústrias inundam constantemente os olhos dos consumidores com uma infinidade de produtos destinados a recuperar a beleza, indo desde simples recobrimento até tratamentos.

O mercado de produtos para as unhas vai além dos produtos químicos. Hoje há especialistas chamados de designer de unhas que têm como foco a personalização das unhas com desenhos, cores específicas e até incrustação de objetos como diamantes ou outras pedras na superfície. Outros caminham no sentido da aplicação de “strass”, unhas postiças e etc..

No universo feminino o uso de esmalte já é consagrado. No masculino, embora não tão recente, mas sem dúvida mais forte do que antes, também faz parte da rotina de quem vive o mercado cosmético.

O mercado infantil merece consideração especial. Isto é tanto verdade que o Ministério da Saúde, na RDC 211 de 14/7/2005, classifica os esmaltes como produtos de grau de risco 1 - passíveis apenas de notificação, ou seja: possuem “propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso”. No entanto, a linha destinada ao público infantil é classificada como produtos com grau de risco 2 – os quais “possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso”. O controle da Anvisa tem sido bastante severo nesta categoria de produtos, haja vista em anos recentes a ampla divulgação na mídia dos casos em relação às empresas Impala e Avamiller nos últimos anos. Aqui se inclui os famosos esmaltes que incentivam a perda do hábito de roer as unhas com benzoato de denatônio.

O faturamento ex-works com estes produtos no primeiro bimestre apresentou crescimento percentual em relação ao mesmo período do ano passado de mais de 25%(conforme Abihpec). Dentre as categorias deste segmento o grupo “Esmalte cremoso/transparente” é o mais representativo com cerca de 60% do faturamento na porta da fábrica, seguido pelo grupo “Esmalte cintilante” com 23%. Em relação ao grupo “Base” os que se apresentam com apelos de tratamento representam faturamento maior quando comparados com os sem alegação de benefícios de tratamento.

No âmbito mundial, em termos de mercado consumidor, os produtos para unhas representam 10% do consumo total gasto apenas com Maquiagem, que compreende também produtos para os lábios, olhos e rosto. É o menos representativo e o que apresentou a menor taxa de crescimento - 6,7% no período entre 2000/2004 (Euromonitor).

Já na América Latina, como os hábitos de consumo são diferentes, a categoria produtos para unhas ocupa a segunda posição em termos de gasto com maquiagem no mesmo período. A parte mais representativa deste mercado, sem dúvida é o Brasil, e a representatividade desta categoria é levemente mais acentuada do que em outros países da região – 28% dos gastos são destinados para esta categoria que ocupa o segundo lugar em termos de gasto com maquiagem.

O mercado é extremamente concentrado na mão de poucos fabricantes, como Avon, L´Óreal, Revlon, Niasi, Marcelo Beauty, Payot entre outras.

Fato curioso tem sido aumento do consumo de esmaltes transparentes para uso masculino no uso doméstico, quando antes se observava o consumo disto apenas em salões de beleza e barbearias. Essa mudança de hábito deverá ser alvo de campanhas de marketing para a quebra de tabus, uma vez que o metrossexual veio para ficar. Vale a pena dar atenção a esse pequeno, porém bom pagador nicho de mercado, que não faz conta de chegada e visa apenas à satisfação dos anseios hedonistas.

Notícias da Abihpec por João Carlos Basílio da Silva

Por um Brasil melhor e mais justo

Mais uma vez, às vésperas da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que aconteceu no início do mês de junho, a sociedade discutiu a política conservadora que o Banco Central tem adotado com relação à taxa básica de juros.

Depois de decidir pela redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, que passou para 12% ao ano, os integrantes do comitê justificaram a decisão com o argumento de que as importações, favorecidas pela valorização do real diante do dólar, contribuem para equilibrar a oferta e a demanda de produtos, além de estimular as empresas a ampliar seus investimentos na compra de maquinário e equipamentos, a fim de aumentar a produção.

Tenho ouvido, nesses últimos quatro anos, por meio de seu presidente, Henrique Meirelles, que cabe ao Banco Central se preocupar com os índices de inflação em nosso país e não com a taxa de câmbio.

Se essa é a responsabilidade do Banco Central e a meta de inflação para 2007 é de 4,5%, e o IPCA estimado pelo relatório Focus, emitido pelo Banco Central, sinaliza para uma inflação de 3,5% (as projeções indicam que esse número pode baixar ainda mais, podendo chegar a 2,5%), qual é o receio do Banco Central em acelerar a queda na taxa de juros?

De acordo com a ata do Copom, a queda da moeda americana ajuda a manter a inflação em baixa, por isso foi possível reduzir os juros.

Eu acredito que o dólar a R$ 1,90 contribui de forma muito mais significativa para manter a inflação sob controle do que a taxa de juros, pelo menos no cenário de 2007/2008.

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou recentemente que a indústria tem aproveitado o atual cenário para investir, principalmente, na manutenção e na atualização de seus equipamentos muito mais do que na ampliação da capacidade de produção. A afirmação pode ser confirmada pelos números: no primeiro quadrimestre deste ano, a importação de peças e componentes cresceu 97%, enquanto que a compra de máquinas prontas subiu 26% no mesmo período.

Já os exportadores – excetuando-se os ligados ao segmento de commodities -, diante do câmbio atual, trabalham sem estímulo para investir, pois estão com capacidade de produção ociosa e sem preço para competir no mercado internacional.

Só neste ano, as compras de dólares feitas pelo Banco Central no mercado de câmbio já bateram três recordes. Em maio, foram comprados cerca de US$ 15 bilhões, ou seja, 25% mais do que em abril. Mas, mesmo com essas ações, o BC não tem conseguido impedir a desvalorização do dólar.

Com o corte de junho, os mais otimistas acreditam que até o fim do ano, a taxa de juros chegue a 10%. Se isso acontecer, os juros reais – depois de descontada a inflação – devem ficar em torno de 6%, em dezembro, o que é ainda é um número alto quando comparado às taxas de outros países.

Acelerar a queda na taxa de juros pode não refletir numa imediata valorização do real num curto prazo, mas contribui fortemente para ganhos de competitividade das indústrias, porque refletiria numa redução de nossos custos financeiros

Ao reduzir o valor da nossa dívida pública perante o PIB, sobrariam mais recursos para investir em infra-estrutura. Com taxas de juros menores conseguiremos atingir graus de investimentos maiores.

A pressão que a sociedade pode exercer é importantíssima para que possamos ter um Brasil melhor, mais digno e com menos pobreza.

Dermeval de Carvalho
Toxicologia por Dermeval de Carvalho

Naturais e orgânicos: compromisso da sociedade organizada

Para comentários técnicos envolvendo produtos naturais utilizados na produção de preparo de cosméticos, reportar aos primórdios da civilização não é exagero - fato facilmente confirmado através da farta literatura disponível. Mas para escrever a respeito dos cosméticos orgânicos, a história é bem mais recente.

O cultivo orgânico pode ser conceituado como um sistema de gerenciamento de produção ecológica que promove e intensifica a biodiversidade, os ciclos biológicos e as atividades biológicas do solo. O cultivo orgânico está baseado no uso de mínimos insumos e práticas que restauram o meio orgânico, mantendo acentuada a harmonia ecológica. O sistema regulatório dos Estados Unidos determina que os alimentos colhidos dos cultivos orgânicos - ditos “alimentos orgânicos” - sejam cultivados na ausência de pesticidas sintéticos, hormônios do crescimento, antibióticos, fertilizantes químicos, esgotos, sedimentos e sem o emprego de modernas técnicas de engenharia genética.

Em 1990, como parte do programa “1990 Farr Bill”, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos introduziu legislação relativa aos alimentos orgânicos, fixando padrões de comercialização que assegurassem aos usuários a qualidade oferecida e facilitasse a comercialização interna (Journal of Food Science 71(9)117-124-2006).

Os americanos vêm optando por alimentos orgânicos, principalmente pela ausência de pesticidas, por serem saudáveis e por não serem geneticamente modificados. (Whole Foods Market-2005)

O Governo Federal criou o Comitê Nacional de Produtos Orgânicos com o objetivo de estabelecer normas para produção, tipificação, processamento, envase, distribuição e certificação de qualidade para produtos orgânicos de origens animal e vegetal, mediante Instrução Normativa 7/99 do Ministério da Agricultura. Na Comunidade Européia, a produção e rotulagem de produtos orgânicos estão regulamentadas através da Resolução EEC 2092/91 e de outras medidas recentemente adotadas. Com crescimento anual em torno de 30%, mesmo com os preços considerados ainda mais elevados, os alimentos orgânicos estão em franca expansão. O mercado mundial atingiu cerca de U$ 35 bilhões, enquanto o brasileiro chegou a U$ 250 milhões.

Atualmente, para certificação de produtos orgânicos, os países já contam com organismos credenciados (www. ifoam.org e www.ams.usda.gov).

Na busca de um “verde” ecologicamente viável e sustentável, os alimentos orgânicos têm sido uma fonte inspiradora de tantas outras tecnologias e mercados: indústrias têxteis, de móveis e de cosméticos (http://www.hm.com).

Os cosméticos têm motivado o setor industrial a buscar este nicho ainda pouco explorado, conforme recente publicação (International Journal of Applied Science 133(1/2); 8- 14-2007), fato também divulgado no site - http://walmart. triaddigital.com. Nesta linha de pensamento, Godói G.(www. sebrae.com.br-08-06-2007) informa que a “Abihpec, em parceria com Sebrae e a Associação Brasileira de Desenvolvimento Econômico, vai implantar um plano de desenvolvimento para o setor”.

No Brasil, o mercado de produtos cosméticos orgânicos pode, ainda, ser considerado pequeno, mas no exterior movimenta cerca de U$ 26 milhões. Além do tão sonhado mundo “verde” o mercado de cosméticos orgânicos tem procurado conquistar os jovens, menos sensíveis aos preços e aos valores afetivos às “marcas”, além do nobre compromisso de responsabilidade para com o meio ambiente.

A regulamentação pertinente aos ingredientes obtidos de cultivos orgânicos, destinados à fabricação de produtos cosméticos orgânicos, está fundamentada na legislação pertinente aos alimentos orgânicos, ainda discordantes entre os órgãos regulatórios, enquanto que o produto cosmético deve obedecer à legislação que o regulamenta.

O exemplo dos alimentos orgânicos certificados, que carregam no seu bojo o selo de certificação de qualidade, ícone que serve de orientação decisiva à identificação do produto adquirido, os cosméticos devem seguir o mesmo caminho.

Espera-se que não somente os governantes dos países ricos, mas que todos assumam responsabilidades regulatórias e que a sociedade também não fique alheia a esta nobre missão – preservar o meio ambiente.

Valcinir Bedin
Tricologia por Valcinir Bedin

Unhas e cabelos têm estruturas semelhantes

A queratina é uma proteína. E, como todas, é produzida no retículo endoplasmático da célula, só que neste caso, de uma célula específica chamada queratinócito, que tem a atividade metabólica impressionantemente alta.

Keratos - do grego: duro - já diz para que serve esta proteína, que oferece proteção sob várias formas: na pele, nos cabelos e nas unhas.

Como pode uma mesma substância se apresentar de forma tão diversa?

Basicamente, temos dois tipos de queratina, a ortoqueratina e a paraqueratina. A combinação destas é que dá o caráter de dureza, desde os mais suaves, como na pele da pálpebra, até as mais duras, como as das unhas acometidas por algum fungo.

A unha não se comporta como o pêlo, pois suas camadas germinativas estão em atividade constante, não havendo fase de repouso. Existe atividade mitótica na área basal da matriz, sendo que na porção distal há taxas maiores e na ventral menores.

Os fatores que influenciam o crescimento linear da unha têm algumas características: as unhas da mão direita crescem mais rápido do que as da mão esquerda, crescem mais durante o dia do que durante a noite e crescem mais nos homens do que nas mulheres.

Na adolescência, as unhas podem experimentar alterações fisiológicas normais, como a coiloniquia transitória, e nos adultos podem sofrer influência dos raios ultravioleta. No idoso, a lamina ungueal mais pálida perde o brilho e apresenta, às vezes, estriações longitudinais.

Como vimos, a função número um da queratina é proteger, daí a função do aparelho ungueal ser a proteção da polpa digital. Além disso, auxilia no tato fino e ainda pode ser considerada ajudante de defesa orgânica. Mas, incontestavelmente, a função atual das unhas é de atração ou de repulsa, quando estas estão sujas, danificadas ou excessivamente grandes.

As alterações de coloração das unhas apresentam espectro bem amplo. Podem ser observadas unhas brancas, azuis, violetas, cinzas, amarelas, verdes, vermelhas, castanhas e negras, com diferentes nuances. Às vezes, estas tonalidades se combinam, como no caso de infecção por psudomonas, quando temos variações do amarelo até azul enegrecido. As alterações de cor, do castanho ao negro, podem representar a presença de nevos, lentigos ou melanomas. Algumas cores podem ser advindas de medicações como, por exemplo, a lúnula amarelada, causada pela tetraciclina.

Em alguns momentos algumas doenças internas podem estar relacionadas a colorações exóticas, como unhas “meio-ameio”, comum na insuficiência renal crônica.

Unhas roídas (onicofagia) ou danificadas (onicocompulsão) denotam estados emocionais alterados. Unhas com formas ou cores alteradas podem refletir doenças internas, do coração, do fígado ou dos rins. Onicosquizia, unhas descamativas e frágeis, devido às atividades profissionais que lidam constantemente com a água ou onicomalacia, unhas frias e fracas ou ainda onicomicoses, que são infecção fúngica dentro e sob a lamina ungueal. É conhecida ainda a onicocriptose, ou unha encravada, para a qual hoje temos várias técnicas de solução do problema. Temos ainda alguns raros tumores relacionados às estruturas ungueais.

Um negócio crescente em todo mundo é aquele relacionado à manicure. No Brasil, infelizmente o que vemos é que as profissionais que trabalham nesta área são as que têm menor índice de escolaridade e, com raras exceções, aprenderam seu ofício de maneira autodidata, deixando muito a desejar em termos de qualidade e segurança. Recentemente, a criação de uma associação específica destes profissionais veio tentar elevar o nível de seus participantes, atitude já conquistada pelos seus colegas da podologia, área considerada de excelência no nosso país.

Denise Steiner
Temas Dermatológicos por Denise Steiner

As unhas podem indicar problemas de saúde

As unhas são anexos cutâneos e são formadas por diferenciação de alguns segmentos da pele. Possuem muita queratina e estão envolvidas no processo de proteção do organismo em relação ao meio externo.

As unhas, mais até do que a própria cútis, são termômetros do que está ocorrendo no organismo humano. Um exame atento a estas estruturas pode auxiliar em diagnósticos difíceis, bem como permitir um tratamento precoce de doenças internas, dizem os especialistas em dermatologia. Isto ocorre porque estas estruturas crescem continuamente e recebem estímulos hormonais diversos ou até mesmo alterações nutricionais – a unha pode interromper seu crescimento ou apresentar alterações de estrutura.

Portanto, podem mostrar, em primeira mão, as alterações invisíveis por outros sintomas. É interessante encarar as informações descritas nos blocos no final deste texto como marcadores internos que sinalizam, de forma precoce, problemas que podem ser melhor diagnosticados e tratados.

A unha normal é transparente, lisa, suave, permanecendo colada ao seu leito e apresentando crescimento contínuo adulto.

A unha das mãos demora, em média, de 5 a 6 meses para crescer da base até a ponta, e as dos pés, de 8 a 12 meses. É bom lembrar que existem variações individuais, relacionadas à raça, idade, ambiente, ocupação etc. Diversas alterações na cor, aparência, superfície e crescimento podem significar problemas internos.

Doenças

• Anemia: Unhas quebradiças, secas, opacas, sulcos transversais (vários), coiloniguia (formato côncavo da unha), onicólise (descolamento distal)

• Doenças cardíacas: Unhas curvadas para baixo, alargadas, coloração arroxeada e pontos arroxeados

• Doenças renais: Engrossamento das unhas, coloração amarelada ou cinzenta, linhas transversais esbranquiçadas, unha metade marrom, metade clara

• Doenças no fígado: Unhas de Terry – ocorre na cirrose – cor esbranquiçada na parte proximal e coloração normal na parte distal, unha pálida amarelada, arredondamento e aumento da unha

• Doenças gastrointestinais: Pontos hemorrágicos, unhas doloridas,frágeis e que se descolam da parte distal ou descamam

• Diabete: Unhas avermelhadas e com vasos na pele, engrossamento das unhas, micose mais freqüente e engrossamento e endurecimento das pontas dos dedos

• Hipertireoidismo: Afinamento e enfraquecimento das unhas, descolamento da parte distal das unhas, abaulamento

• Hipotireoidimo: Unhas opacas, engrossamento

• Lúpus eritematoso: Hemorragia da cutícula, manchas brancas na unha, depressão puntiformes e descolamento da parte distal da unha

• Reumatismo: Unhas amareladas, sulcos transversais, lúnula avermelhada e engrossamento sob a unha

• Leucemia: Unha quebradiça, hiperqueratose (engrossamento) ou perda total da unha

• Aids: Infecção das unhas por fungos e cândida, vírus e herpes e sarcoma de Kaposi (tumor vascular)

Deficiências Nutricionais

• Vitamina A: Unha com aspecto de casca de ovo, esbranquiçada e quebradiça

• Vitamina B 12: Linhas longitudinais escurecidas, cor azul enegrecida

• Vitamina C: Hemorragia subunguenal, pontos avermelhados no leito ungueal

• Zinco: Coloração acinzentada, cutícula seca e engrossada, descamação intensa ao redor das unhas, linhas transversais bem acentuadas

• Nicotinamida B3 (pelagra – doença de alcoólatra): Linhas transversais esbranquiçadas, ausência de brilho e descolamento da parte distal da unha

Drogas

• Minociclina: Cor azulada nas unhas

• Tetraciclina: Cor marrom e descolamento distal

• Anticonvulsivantes: Diminuição do tamanho das unhas

• Antidepressivo: Unhas com manchas brancas

• Retinóides: Afinamento das unhas, leuconiguia (pontos brancos)






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