Vitaminas em Cosméticos

Edicao Atual - Vitaminas em Cosméticos

Editorial

Do fundo do poço ao fundo do sal

Há poucos meses, o clima geral no Brasil e em todo o mundo era de perplexidade, quase apocalíptico, diante da crise financeira que derrubou as bolsas de valores, fazendo que fortunas “se evaporassem” de um dia para o outro. Pior ainda: muitos empregos foram extintos e muitas famílias desestruturadas.

Como numa corrente de solidariedade (ou de sobrevivência) global, governos e sociedade se mobilizaram para enfrentar as consequências de desmandos estimulados pela euforia do cassino em que a economia americana tinha se transformado.

Em poucos meses, parece que o mundo se adaptou aos novos tempos. Sinais da recuperação, pelo que parece, já são vislumbrados no horizonte.

O alívio vivido neste momento no Brasil, com os primeiros sinais principalmente da retomada das atividades internas, é impulsionado pela dádiva da “descoberta” das reservas de petróleo nas camadas profundas do pré-sal. Sem dúvida, o pré-sal é um fato marcante. Se for viabilizada, sua exploração comercial poderá propiciar a descoberta de outras reservas que farão do nosso País um dos principais players nesse mercado.

Até certo ponto, não é ”de se admirar” o frenesi que as perspectivas de receita com a nova descoberta estão trazendo aos homens do governo e aos políticos em geral. Todos eles já têm planos de como e onde “investir” essa vultosa receita. Nem a Saúde nem as “criancinhas” foram esquecidas. Parece que ela será a solução de todos os problemas e causará a redenção de todos os pecados. Entretanto, até agora há apenas muita publicidade e autopromoção.

Esta Cosmetics & Toiletries (Brasil) traz uma pauta variada. A matéria de capa trata de vitaminas em cosméticos. A pauta de artigos enfoca peptídeos, produtos para a pele e uma receita para a formulação de produtos cosméticos orgânicos. No “Persona”, o destaque é Anízio Pinotti. Para quem não o conhece: ele é o químico que, por causa de seu espírito empreendedor e arrojado, apostou um dia na gigante que é hoje a Natura.

Há uma variedade de assuntos que, espero, atendam ao interesse do leitor.

Recomendo, mais uma vez, que o leitor continue acessando o portal www.cosmeticsonline.com.br, pois, graças à sua fidelidade, o número de acessos aumenta a cada dia.  

Boa leitura!
Hamilton dos Santos
Editor

Tetrapeptídeo e a Coesão da Epiderme - G Pauly, P Moussou, J-L Contet-Audonneau, C Jeanmaire, O Freis, M Sabadotto, L Danoux, V Bardey, I Benoit, A Rathjens Cognis France, Divisão de Laboratoires Sérobiologiques, Pulnoy, França. 

A maioria dos produtos antienvelhecimento declara que atua sobre a derme, contudo a epiderme, elemento chave do envelhecimento cutâneo, quase sempre é relegada.
Neste estudo, os pesquisadores elegeram um tetrapeptídeo acetilado para conhecer seu efeito sobre a coesão da epiderme, quando acionados pela atividade sobre o sindecan-1 e sobre o colágeno XVII. Esses efeitos foram confirmados “in vivo”. 

La mayoría de los productos anti-edad dicen actuar en la dermis, sin embargo, la epidermis, un elemento clave del envejecimiento cutáneo, es a menudo olvidada. En el presente estudio, los investigadores seleccionaron un tetrapeptídeo acetilado por sus efectos en cohesión de la epidermis, accionado por la actividad en syndecan-1 y colágeno XVII. Estos efectos se fueron confirmados “in vivo”. 

Most antiaging products claim to act on the dermis; however, the epidermis, a key element of cutaneous aging, is often forgotten. In the present study, researchers selected an acetylated tetrapeptide for theirs effects on epidermis choesin, trigged by activity on syndecan-1 and collagen XVII. These effects were confirmed “in vivo”.

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Tratamento de Rugas com DMAE, Retinol e Sais Minerais - C Bertin, C Robert, M Juscelin e N Issachar Johnson & Johnson Consumer France, Issy-les-Moulineaux, França E Camel Institut d’Expertise Clinique, Lyon, França

Foi realizado um estudo controlado por placebo para determinar se as rugas da pele da face poderiam melhorar mediante a combinação de três ingredientes cosméticos: dimetilaminoetanol (DMAE), retinol e sais minerais. Duas avaliações clínicas e análise por vídeo de réplicas cutâneas mostraram melhora significativa na aparência de rugas.

Se sealizó un estudio controlado con placebo para determinar si la aparición de arrugas en la cara podría mejorarse mediante una combinación de tres ingredientes cosméticos: dimetilaminoetanol, retinol, y sales minerales. Tanto la evaluación clínica, como el análisis de vídeo de réplicas cutáneas, mostraron una mejoría significativa de la aparición de arrugas.

A placebo-controlled study was conducted to determine if the appearance of wrinkles on facial could be improved by a combination of three cosmetic ingredients: dimethylaminoethanol, retinol, and mineral salts. Both clinical assessment and video analysis of cutaneous replicas showed a significant improvement of the wrinkle appearance.

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Formulação de Cosméticos Orgânicos - Cláudio Ribeiro Grupo Rosatex, Guarulhos SP, Brasil

O conceito de produtos orgânicos, aqueles que priorizam o meio ambiente, a saúde e a justiça social, chega à área cosmética e começa a movimentar este mercado. Todavia, para formular um produto orgânico, devem se levadas em consideração algumas regras específicas que são tratadas neste artigo.

El concepto de productos orgánicos, los que privilegian el medio ambiente, la salud y son hechos con compromiso social, llega en el mercado cosmético. Sin embargo, para formular cosméticos orgánicos hay que tomar en cuenta
algunas reglas específicas discutidas en este artículo.

The organic product concepts, that prioritizes the environment, health and those that are produced according to the social rules. Get to the cosmetic area and begin to move this market. However, to formulate this kind of products should take into consideration some specific rules this article refers to.

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Cristiane M Santos
Direito do Consumidor por Cristiane M Santos

Novas bulas em medicamentos

No último dia 9 de setembro, um novo regulamento foi publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para atualizar as regras quanto à elaboração de bulas de medicamentos.

Segundo a Agência, a nova Resolução (RDC 47/09) tem o objetivo de facilitar o entendimento do consumidor, melhorar a visibilidade dos textos e evitar enganos na prescrição e na utilização de medicamentos.

Nesse contexto, vale a pena destacar o artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor (CDC):
“A oferta e a apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidades, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e à segurança dos consumidores.”

Seguindo essa diretriz e atendendo à referida RDC, as novas bulas de medicamentos trarão informações mais claras e objetivas, e conteúdos padronizados.

A norma entrará em vigor no prazo de 180 dias, contados a partir da data de sua publicação. Na prática, as novas bulas estarão no mercado a partir de março do próximo ano e apenas em 2011 estará finalizada a padronização das bulas de todos os medicamentos.

A seguir, destacam-se as principais alterações trazidas pela Resolução, que deverão facilitar a vida dos consumidores. 

- Bulas para pacientes: haverá uma bula exclusivamente dirigida ao paciente, a qual será organizada na forma de perguntas e respostas, e deverá conter apenas informações sobre a apresentação do medicamente que a acompanhar, de acordo com o roteiro abaixo:

1. Para o quê este medicamento é indicado? 
2. Como este medicamento funciona? 
3. Quando não devo usar este medicamento? 
4. O que devo saber antes de usar este medicamento? 
5. Onde, como e por quanto tempo posso guardar este medicamento? 
6. Como devo usar este medicamento? 
7. O que devo fazer quando eu esquecer de usar este medicamento? 
8. Quais são os males que este medicamento pode me causar? 
9. O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento? 

- Tamanho da letra: haverá um aumento no tamanho da letra nos textos da bula, para facilitar a leitura.

Diz a RDC 47/09: “A letra Times New Roman, não condensada e não expandida, com tamanho mínimo de 10 pontos, torna-se obrigatória para todas as bulas. O espaçamento entre as letras deve ser de no mínimo 10% e, entre as linhas, de 12%. Já as colunas de texto devem conter, no mínimo, 80 mm, com texto alinhado à esquerda.”

- Regra única: deve ser observada por todos os tipos de medicamentos (alopáticos, homeopáticos, fitoterápicos, genéricos, entre outros).

- Embalagens múltiplas: deverão ter uma bula acompanhando cada unidade de embalagem primária.

- Alerta de doping: informações quanto à potencialidade do medicamento causar doping passarão a ser obrigatórias, conforme norma do Comitê Olímpico Internacional (COI).

- Idade mínima: haverá informação sobre a idade mínima necessária para que o medicamento possa ser usado com segurança.

- Formato Braile: os fabricantes devem disponibilizar, gratuitamente, bulas em formato braile mediante solicitação de pessoa física portadora da deficiência visual. Além disso, os sites das empresas fabricantes deverão disponibilizar bulas em formato digital passível de conversão em áudio e em fonte ampliada, e os SACs deverão efetuar a leitura da bula quando isto for solicitado por consumidor portador de deficiência visual.

- Acesso eletrônico: as “bulas-padrão” estarão disponíveis em meio eletrônico, no site da Anvisa (www.anvisa. gov.br), permitindo que profissionais de saúde e pacientes tenham acesso a informações corretas e atuais sobre os produtos.

Tomara que essa nova norma alcance seu objetivo primordial, que é proteger o consumidor e deixá-lo menos suscetível a enganos...

Carlos Alberto Trevisan
Boas Práticas por Carlos Alberto Trevisan

Qualidade e integridade

As Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPF e C), uma das ferramentas da Qualidade, e talvez a mais importante, têm um aspecto que poucas vezes é abordado com a devida importância.

Refiro-me à relação existente entre os conceitos de qualidade e de comportamento dos Administradores quanto à prática das BPF e C.

Devido às minhas atividades nas mais diversas empresas, geralmente me deparo com aqueles programas de motivação de colaboradores, com o estabelecimento de objetivos de redução de custos, criação de indicadores de melhorias, entre outros, que, aos olhos dos desavisados, podem levá-los a crer que a organização tem efetivamente compromissos com os referidos programas.

Se formos à busca das razões para que existam tais programas, que em nada se parecem com processos, concluiremos que se aqueles forem efetivamente implantados não alcançarão o resultado esperado.

Apenas para iniciar com um exemplo, fiz o seguinte questionamento:

É possível estabelecer um programa de redução de custos por meio de colaboradores que não sabem o que são custos?

O pior é que, por falta de conhecimento, as propostas apresentadas não são factíveis de ser implantadas, pois a origem dos custos é totalmente desconhecida pelos proponentes.

Existem casos em que aparecem propostas como a de redução do percentual de determinado componente da formulação. Propostas assim são feitas por quem não tem a mínima ideia do motivo pelo qual esse componente foi incluído na composição do produto.

Outra proposta geralmente apresentada é relativa às atividades de avaliação e sugere a diminuição da quantidade de parâmetros avaliados, sem nenhuma preocupação em conhecer a razão da necessidade da referida avaliação.

Posso também mencionar a proposta de eliminar o uso de papel-toalha nos lavatórios ou a de redução da quantidade de uniformes entregues aos colaboradores.

Menciono essas propostas para ressaltar que, quando elas são apresentadas, em nenhum momento é considerado seu impacto nocivo, quando não destruidor, e que, se fossem implementadas, causariam às BPF e C.

Para um simples exercício, sugiro ao leitor acompanhar as seguintes ponderações:

1 – Alterar a formulação para reduzir a concentração de determinado componente poderia trazer como resultado um produto sem ou com baixa eficácia.
2 – Diminuir o número de parâmetros de analíticos poderia colocar em risco a segurança do produto ou dos ingredientes.
3 – Restringir o consumo de papel-toalha iria trazer repercussões negativas nos princípios de higiene.
4 – Reduzir a disponibilidade de uniformes diminuiria a frequência com que seriam trocados, aumentando os riscos de contaminação do produto.
O leitor pode ter ficado chocado com esses fatos e ponderações, e suas implicações nas BPF e C, mas o objetivo desta exposição é justamente tornar explícito que em nenhuma das propostas, com certeza, ocorreu aos autores avaliar o impacto que elas teriam sobre a qualidade.

Para ilustrar essa afirmação, gostaria de relatar o caso vivenciado por um colega em uma empresa que implantou um programa de conscientização dos colaboradores, para envolvê-los nos planos de crescimento da empresa. Em nenhum momento, durante a apresentação do programa, foi mencionado o tema Qualidade!

Quero deixar claro que o compromisso com a Qualidade não torna mandatório fazer que os objetivos sejam alcançados, mas, sem este compromisso, os riscos de não alcançá-los serão cada vez mais eminentes, pois a atenção dos colaboradores sempre estará voltada para outra direção.

Pergunto: como é possível criar um programa de motivações sem que a maior delas, a de satisfazer necessidades e expectativas dos clientes com produtos e serviços de elevado nível de qualidade, seja atendida pelo fabricante?

Gostaria que o leitor refletisse sobre os tópicos apresentados e tirasse suas conclusões.

Denise Steiner
Temas Dermatológicos por Denise Steiner

Vitaminas e pele

A associação entre as vitaminas e a saúde tem sido estabelecida há um longo tempo, porém, apenas recentemente se evidenciou sua eficácia no tratamento tópico dos cabelos, das unhas e da pele. Recentes estudos demonstram a capacidade das vitaminas e de seus derivados de melhorar a performance de produtos de higiene e cosméticos. Além disso, testes clínicos e laboratoriais demonstram fortes evidências de que as vitaminas assumem importantes funções na proteção, correção e renovação de cabelos, pele e unhas. Em estudos comparativos entre produtos com e sem vitaminas, ficou demonstrada a superioridade dos produtos contendo vitaminas.

As vitaminas podem ser úteis no tratamento tópico visando combater várias desordens da pele. Elas atuam especialmente na prevenção, no retardo e, inclusive, no controle das modificações degenerativas do processo de envelhecimento, assim como evitam a desidratação, a descamação e a formação de rugas.

Além do processo natural de envelhecimento, o ser humano está exposto aos efeitos dos raios UV, que potencializam este processo. As vitaminas atuam como antioxidantes, combatendo os radicais livres formados pelos processos metabólicos e pela exposição à radiação UV. Quando não são extintos, os radicais livres contribuem para o fotoenvelhecimento e a fotocarcinogênese, por meio de mutações no DNA. 

Vitamina A: é essencial para o desenvolvimento normal da pele e para o crescimento e a manutenção de ossos, glândulas, dentes e unhas. Pode ser absorvida pela pele, auxiliando na manutenção da suavidade e da textura e melhorando as propriedades da barreira de água deste órgão. É utilizada para tratar ressecamentos e inflamações. Sua ação estimulante se contrapõe às mudanças do envelhecimento e do fotoenvelhecimento, quando utilizada topicamente em doses adequadas.

Pode alterar ou modular a síntese de colágeno e é necessária também para a reprodução normal das células basais, uma vez que estimula a atividade mitótica e metabólica da pele. É capaz de manter a pele em condições juvenis. 

Pantenol: é análogo às vitaminas do complexo B; quando aplicado topicamente converte-se em ácido pantotênico. É essencial para o funcionamento dos tecidos epiteliais, um constituinte natural da pele saudável. A deficiência de ácido pantotênico causa cornificação, descamação e despigmentação da pele.

O uso tópico do pantenol acelera a regeneração celular e seu efeito cicatrizante está documentado. Acelera a cicatrização e diminui as cicatrizes, estimula a epitelização e a granulação, e alivia o prurido.

Quando incorporado a cremes, loções e tônicos à concentração de 5%, alivia o ressecamento da pele causado pelo envelhecimento, conferindo a esta maciez e suavidade, sem deixá-la gordurosa ou pegajosa. 

Vitamina C: não é sintetizada pelo corpo. Sua forma ativa é o L-ácido-ascórbico – o mais importante antioxidante em fluídos extracelulares e atividades celulares. É capaz de regenerar a vitamina E.

Radiação UV: promove danos e fotoenvelhecimento por meio da formação de radicais livres, que lesam as membranas celulares, várias enzimas e o DNA celular. A vitamina C interage com as formas reativas do oxigênio induzidas por UV (ânion superóxido e radical hidroxila), reagindo com elas ou suprimindo-as, e separando o oxigênio. 

Vitamina E: ou tocoferol, é o principal lipídeo antioxidante solúvel no plasma e nos glóbulos vermelhos, capaz de proteger os lipídeos das membranas celulares da peroxidação e, consequentemente, de impedir a formação de radicais livres. Quando ocorre a peroxidação de membranas celulares os radicais livres são liberados nas células, destruindo-as. Eles também liberam enzimas, além de produzir anticorpos autoimunes e destruir outras células.  

Os benefícios das vitaminas são oferecidos devido à ação antioxidante, regenerante e estimuladora destas, que se antepõe aos danos celulares dos radicais livres.

Concluindo, os benefícios das vitaminas são variados: ação antioxidante, regenerante e estimuladora. Dessa forma, as vitaminas se tornam coadjuvantes na luta contra os efeitos deletérios do tempo e do sol na pele.

Valcinir Bedin
Tricologia por Valcinir Bedin

Vitaminas e cabelos

os cabelos são anexos à epiderme e formados basicamente por duas proteínas, a queratina, que dá dureza aos fios, e a melanina, responsável pela sua cor. Proteínas são estruturas formadas por aminoácidos, minerais e vitaminas. Os aminoácidos são essenciais para a produção das proteínas e devem ser produzidos pelo próprio organismo ou adquiridos por meio da alimentação. O mesmo acontece com sais minerais, como ferro e zinco, fundamentais para a produção de fios queratinizados, e as vitaminas também exercem um papel também muito importante neste processo.

Vitaminas, por definição são “aminas da vida”, isto é, substâncias sem as quais a vida não existiria. Receberam suas denominações na sequencia que foram sendo descobertas. Por isso existem as designações A, B, C, e assim por diante.

Podem ser agrupadas em hidrossolúveis, que não apresentam problemas de superdosagem, e lipossolúveis, que se forem serem consumidas em excesso podem levar a efeitos colaterais sérios.

Para a saúde dos cabelos, as vitaminas mais importantes são:

Vitamina A: apesar de ser importante para a pele e, consequentemente, para os anexos cutâneos, seu excesso tem como primeiro efeito a queda de cabelos! Portanto, deve-se ter cuidado com os polivitamínicos tomados sem orientação médica.

Vitamina B6: as vitaminas fundamentais para o crescimento saudável dos cabelos são as do grupo B, e a B6 é a mais importante destas. A vitamina B6 também é conhecida como piridoxina, piridoxol, piridoxamina e piridoxal. Trata-se de uma coenzima que interfere no metabolismo das proteínas, das gorduras e do triptofano.

Vitamina B12: também chamada cobalamina, hidroxicobalamina ou cianocobalamina, tem como função principal o crescimento de replicação celular. Principais fontes: carnes e fígado. É também produzida pela flora do intestino grosso, mas não é absorvida por este. A absorção ocorre no intestino delgado após ser ativada pelo estômago, aonde esta chega com a ingestão de alimentos.

Níveis baixos dessa vitamina estariam associados a
maior risco de câncer e de doenças vasculares.

Os vegetais, per si, não contêm vitamina B12, o que poderia levar à sua falta no organismo dos vegetarianos. Contudo, isso nem sempre acontece porque as bactérias contaminadoras dos vegetais, ou mesmo as do trato intestinal, agindo sobre os restos desses vegetais, formam a vitamina B12 e, assim, suprem parcialmente o organismo das pessoas que não ingerem carne, fígado, ovos ou leite e seus derivados.

Ácido fólico: também designado folacina, folato e ácido pteroilglutâmico. Já foi chamado de vitamina M e vitamina B9, nomes que hoje não são mais usados. Principais funções: atua em conjunto com a vitamina B12 na transformação e na síntese de proteínas. É necessária para o crescimento dos tecidos.

O ácido fólico tem papel na prevenção de doenças cardiovasculares, principalmente nos portadores de distúrbios metabólicos em que há aumento da hemocisteína no sangue, onde atua como redutor dessa substância tóxica.

Em países como Inglaterra e Chile, o ácido fólico é acrescentado à farinha de trigo de uso doméstico. Principais fontes: carnes, verduras escuras, cereais, feijões e batatas. Um fato importante é que o excesso de ácido fólico pode, paradoxalmente, causar a queda dos cabelos.

Biotina: ou vitamina B8, possui três variantes que são a biocitina, a lisina e o dextro e levo sulfoxido de biocitina. Principais fontes: carnes, gemas de ovos, leite, peixes e nozes. Sua principal função é no metabolismo de açúcares e gorduras. As lesões da pele devidas à carência de biotina se caracterizam por dermatite esfoliativa severa e queda de cabelos, que são reversíveis com a administração desta vitamina.

Vitamina D: na verdade, esta é a denominação atribuída a duas substâncias, o colecalciferol e o ergocalciferol. Ambas têm a propriedade de evitar ou curar o raquitismo, que no passado era atribuído à falta de ar fresco e de sol para as crianças criadas em zonas urbanas. A principal fonte da vitamina D é o próprio organismo humano, que é capaz de sintetizá-la a partir do colesterol. Por isso, a vitamina D poderia deixar de ser considerada uma vitamina, já que não se enquadra na definição das vitaminas. Suas principais fontes são fígado, óleos de peixes e gemas de ovos. Estudos recentes associaram a vitamina D à saúde dos cabelos.

Carnitina: possui nome relacionado à carne e é um constituinte nitrogenado dos músculos, exercendo papel na oxidação de ácidos graxos. É conhecida também como L-carnitina e vitamina B11.

Principais fontes: carnes, peixes e laticínios. Age levando as gorduras para dentro das células, produzindo energia, aumentando o consumo de gorduras e, dessa forma, possui a função de proteger o organismo. Trabalhos recentes demonstraram crescimento capilar com aplicação tópica de L-carnitina.

Antonio Celso da Silva
Embale Certo por Antonio Celso da Silva

Gravação em silk screen

Normalmente, os assuntos que eu abordo nesta coluna são os problemas, as soluções, as novidades, entre outros, vividos no meu dia a dia de trabalho. Essa é a maneira que encontrei de dividir com os leitores a realidade do nosso mercado, e de poder ajudá-los na solução de problemas comuns em empresas. Fico feliz e ganho o dia quando alguém me diz que leu a coluna e conseguiu resolver um problema, aplicando ou usando as dicas que passei.

Há pouco tempo escrevi sobre o problema da gravação/pintura em vidros, porém percebo que tão problemático ou mais que esse serviço, é a decoração/gravação em embalagens plásticas, normalmente, feita pelo processo de silk screen.

Podemos dividir esse assunto em duas partes distintas.

A primeira diz respeito aos fabricantes de embalagens plásticas que têm na sequência do processo de produção, seus próprios equipamentos para fazer a gravação. São geralmente empresas de grande porte que se comprometem com a qualidade, tanto em relação ao dimensional quanto ao visual da embalagem que fabricam, e com a gravação dessa embalagem. Para obter esses resultados, investem e contam com equipamentos modernos de alta produtividade, com processos controlados, baixa perda e, principalmente, profissionais competentes.

Na contramão da história estão as empresas que não fabricam embalagens, apenas prestam serviços de gravação. Com raras, muito raras, exceções, digo raríssima mesmo, encontra-se uma ou outra que se salva. O resultado é sempre uma catástrofe. Sem falar de qualidade ainda, devemos considerar o alto índice de perdas, ou seja, a empresa que precisa mandar gravar suas embalagens envia uma quantidade e recebe de volta quase metade dessas embalagens como refugo de gravação. O que é pior, se não foi feito um contrato entre as partes ou se as condições não foram combinadas antes, é quase certo que haverá prejuízo para a empresa que contratou o serviço, pois, em geral, não é possível remover essa gravação/refugo e as embalagens vão para a sucata.

Outros dados que chamam a atenção são a limpeza, a higiene e a organização do local onde é feito o silk screen, sempre muito precários, dos quais boas práticas de fabricação (GMP) passam longe.

Sobre qualidade é melhor nem falar, pois, de novo, com raríssimas exceções, encontra-se uma gravação de qualidade que não se solta no “scotch test” e nem em contato com o produto, que não tem falhas, borrões etc, etc...

No fundo, o que temos no mercado são empresas que começaram a fazer gravação em silk screen há muitos anos e não perceberam que o mundo mudou, que o mercado mudou, que a qualidade não é mais um diferencial e sim uma necessidade básica de qualquer produto. Existem também, com esse perfil, empresas de fundação mais recente, mas que frequentemente os proprietários são ex-funcionários dessas empresas antigas e acabam levando consigo os mesmos vícios.

Como agravante e do outro lado está a necessidade das empresas de fazer as gravações em silk screen. Estas são sempre feitas em pequenas quantidades porque as quantidades mínimas de rótulo ou sleeve (sistemas alternativos ao silk screen) são inviabilizadas, em função do preço proibitivo para pequenas quantidades.

O que existe, no fundo, é a urgente necessidade de as empresas que fazem esse tipo de gravação se modernizarem, lembrando que uma embalagem de cosmético não é similar às embalagens de acetona, água oxigenada ou de qualquer outro produto de limpeza. A qualidade da gravação deve ser melhorada e a atenção aos pequenos fabricantes que hoje compram pouco tem de ser especial, pois a maioria destes irá crescer e passará a comprar muito mais.

Enfim, é preciso olhar o mercado cosmético como um dos que mais cresce e saber que o consumidor está cada vez mais exigente, paga um pouco mais, mas quer produto e embalagem de qualidade.

Não estou aqui querendo criticar as empresas que fazem esse tipo de gravação, apenas por criticar, mas estou tentando alertá-las, mostrando a elas a visão de quem convive com o mercado e escuta muitas reclamações. O mercado precisa dessas empresas, porém precisa, acima de tudo, que o serviço de gravação em silk screen e o atendimento tenham melhor qualidade.






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